segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

FAXINA NA ALMA (Carlos Drummond de Andrade)


Não importa onde você parou,  em que momento da vida você cansou. Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo, é renovar as   esperanças na vida e, o mais importante, acreditar em você de novo. Sofreu muito  nesse  período? Foi aprendizado. Chorou muito? Foi limpeza da alma. Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia. Sentiu-se só por diversas vezes? É porque fechaste a porta até para os anjos. Acreditou que tudo estava perdido? Era o início da tua melhora.
Pois é… agora é hora de reiniciar, de pensar na luz, de encontrar prazer nas coisas simples de novo. Um corte de cabelo arrojado diferente, um novo curso, ou aquele velho desejo de aprender a pintar, desenhar, dominar o computador, ou qualquer outra coisa. Olha quanto desafio, quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus te esperando… Ta se sentindo sozinho? Besteira, tem tanta gente que você afastou com o seu “período de isolamento”.
Tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu  para “chegar”  perto de você. Quando nos trancamos na tristeza, nem nós mesmos nos suportamos, ficamos horríveis. O mau humor vai comendo nosso fígado,  até a boca fica amarga. Recomeçar… Hoje é um bom dia para começar novos desafios. Onde você quer chegar? Alto? Sonhe alto! Queira o melhor do melhor. Queira coisas boas para a vida. Pensando assim, trazemos para nós aquilo que desejamos.
Se pensamos pequeno, coisas pequenas teremos. Já se desejarmos fortemente o melhor e, principalmente lutarmos pelo melhor, o melhor  vai se instalar na nossa vida. E é hoje o dia da faxina mental. Jogue fora tudo que te prende ao passado, ao mundinho de coisas tristes. Fotos, peças de roupa, papel de bala, ingressos de cinema, bilhetes de viagens e toda aquela tranqueira que guardamos quando nos julgamos apaixonados.
Jogue  tudo fora, mas principalmente esvazie seu coração. Fique pronto para a vida, para um novo amor. Lembre-se, somos apaixonáveis, somos sempre capazes  de amar muitas e muitas vezes, afinal de contas, nós somos o “Amor”. Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura.